Vivemos no Brasil, desde o seu descobrimento um constante caos na saúde pública brasileira. Do século XVI até meados de 1808 a saúde no país era caracterizada pelo total abandono. Para se ter um noção no século XVII haviam apenas 4 médicos atuando na cidade do Rio de Janeiro, sendo que no restante do Império essa situação era ainda pior, a completa ausência de profissionais. Apenas em 1808, com a vinda da família real para o Brasil é que a situação começou a mudar. Foram instituídas algumas faculdades de medicina (Bahia e Rio de Janeiro) para formar médicos a fim de atender a demanda da Corte. A população em geral se via desassistida no âmbito da saúde.
Esta situação perdurou por séculos, até que com a chegada do processo industrializador alguns segmentos sociais passaram a ter acesso a alguns atendimentos em saúde. Passamos pelos IAPs, INPAS, SUDS, até quem em 1988 a Constituição Federal subsidiou e alicerçou a criação do Sistema Único de Saúde, implantado em 1990. Este novo sistema saiu das concepções da 8° Conferencia Nacional de Saúde (de 1986).
A estrutura idealizada e, no papel, fundamentado do SUS foi realmente pensada para funcionar. Princípios doutrinários do SUS como a Universalidade, Equidade e Integralidade garantem ao usuário um acesso a um sistema de saúde eficiente, com atendimento com qualidade e imediato, além de gratuito. Porém, a realidade que se constata hoje, assim como sempre foi, nas unidades de saúde brasileiras é um verdadeiro caos. Filas gigantescas, atendimento sem qualidade, esperas descomunais para conseguir vagas, falta de insumos básicos para as atividades básicas de rotinas em unidades de saúde são realidades constantes e presentes em todo o território nacional. Legalmente esta formatação atual do SUS é inconcebível, pois todos os preceitos que regem este sistema garantem uma qualidade, agilidade e eficiência destes atendimentos. Mas onde então está o problema?
Esta não é uma resposta tão simples, mas os dois grandes entraves que impedem a efetiva concretização do sistema idealizado são: a gestão ineficiente do SUS e o alicerce político do país. Vemos hoje gestores do SUS totalmente despreparados para assumirem o cargo, muitos apadrinhados políticos e tantas outras atrocidades políticas. Há também uma grande influencia política no SUS, não é raro serem descobertos desvios de dinheiro deste sistema cometidos por autoridades. Verbas que são destinadas, por exemplo, a construção de hospitais simplesmente desaparecem sem deixar vestígios. Obras inacabadas, falta de medicamentos e profissionais são outros males atribuídos a uma má gestão.
Mas o que podemos fazer? A própria estrutura legal do SUS nos dá essa resposta: a participação social nas decisões do SUS. A lei garante que a população, por meio dos conselhos consultivos em saúde, tenha controle e voz ativa sobre as decisões e escolhas que gestores do SUS tenham a fazer. Porém há um grande descaso por parte da população sobre esta questão. Há reuniões e deliberações, por exemplo, dos Conselhos Municipais de Saúde em a população sequer toma conhecimento de sua existência. Pode-se perguntar a qualquer cidadão: quem são os conselheiros em saúde de seu município? Julgo dizer que 100% das pessoas não saberão dar essa resposta.
Então, cabe à população tomar as rédeas deste sistema e participar ativamente das tomadas de decisões e deliberações em seu âmbitos regional. Só assim, com a participação democrática de todos é que daremos novos rumos ao SUS, e enfim, quem sabe, poderemos um dia chegar ao tão sonhado e utópico sistema de saúde idealizado pela 8° Conferência Nacional de Saúde, lá em 1986.
Esta situação perdurou por séculos, até que com a chegada do processo industrializador alguns segmentos sociais passaram a ter acesso a alguns atendimentos em saúde. Passamos pelos IAPs, INPAS, SUDS, até quem em 1988 a Constituição Federal subsidiou e alicerçou a criação do Sistema Único de Saúde, implantado em 1990. Este novo sistema saiu das concepções da 8° Conferencia Nacional de Saúde (de 1986).
A estrutura idealizada e, no papel, fundamentado do SUS foi realmente pensada para funcionar. Princípios doutrinários do SUS como a Universalidade, Equidade e Integralidade garantem ao usuário um acesso a um sistema de saúde eficiente, com atendimento com qualidade e imediato, além de gratuito. Porém, a realidade que se constata hoje, assim como sempre foi, nas unidades de saúde brasileiras é um verdadeiro caos. Filas gigantescas, atendimento sem qualidade, esperas descomunais para conseguir vagas, falta de insumos básicos para as atividades básicas de rotinas em unidades de saúde são realidades constantes e presentes em todo o território nacional. Legalmente esta formatação atual do SUS é inconcebível, pois todos os preceitos que regem este sistema garantem uma qualidade, agilidade e eficiência destes atendimentos. Mas onde então está o problema?
Esta não é uma resposta tão simples, mas os dois grandes entraves que impedem a efetiva concretização do sistema idealizado são: a gestão ineficiente do SUS e o alicerce político do país. Vemos hoje gestores do SUS totalmente despreparados para assumirem o cargo, muitos apadrinhados políticos e tantas outras atrocidades políticas. Há também uma grande influencia política no SUS, não é raro serem descobertos desvios de dinheiro deste sistema cometidos por autoridades. Verbas que são destinadas, por exemplo, a construção de hospitais simplesmente desaparecem sem deixar vestígios. Obras inacabadas, falta de medicamentos e profissionais são outros males atribuídos a uma má gestão.
Mas o que podemos fazer? A própria estrutura legal do SUS nos dá essa resposta: a participação social nas decisões do SUS. A lei garante que a população, por meio dos conselhos consultivos em saúde, tenha controle e voz ativa sobre as decisões e escolhas que gestores do SUS tenham a fazer. Porém há um grande descaso por parte da população sobre esta questão. Há reuniões e deliberações, por exemplo, dos Conselhos Municipais de Saúde em a população sequer toma conhecimento de sua existência. Pode-se perguntar a qualquer cidadão: quem são os conselheiros em saúde de seu município? Julgo dizer que 100% das pessoas não saberão dar essa resposta.
Então, cabe à população tomar as rédeas deste sistema e participar ativamente das tomadas de decisões e deliberações em seu âmbitos regional. Só assim, com a participação democrática de todos é que daremos novos rumos ao SUS, e enfim, quem sabe, poderemos um dia chegar ao tão sonhado e utópico sistema de saúde idealizado pela 8° Conferência Nacional de Saúde, lá em 1986.